O pensamento criativo é o pensamento associado à criatividade que se reflete na capacidade cognitiva de uma pessoa produzir algo novo.

Resulta da interação entre conteúdos semânticos de domínio simbólico e determinados procedimentos mentais, embora não seja realizado quando é dificultado por falta de conhecimento da área, inexperiência ou desmotivação. O pensamento criativo é ativado por meio da percepção, do conhecimento que cada indivíduo guarda na memória; é um jogo complementar entre o ato percebido, a alternância entre análise e síntese, pensamento associativo e pensamento por analogia [Tschimmel, 2011].

Vários psicólogos e pesquisadores criativos também estudaram o pensamento criativo. Gardner [1998] argumenta que um reexame consciente das próprias experiências torna-se um hábito que aumenta a capacidade criativa, uma vez que os indivíduos com capacidade de reviver experiências de vida serão capazes de tirar proveito do reexame para o trabalho criativo. A novidade nasce apenas do que existe e em comparação com o anterior. O resultado de um processo criativo só é original quando supera as expectativas e o conhecimento do usuário ou observador.

De acordo com Bonsiepe, Adams, De Bono, Michalko e outros [1986, 1994, 2000], a percepção é o elemento mais importante do pensamento criativo, pois relaciona-se com a forma de ver, ouvir, sentir e cheirar o ambiente à nossa volta e pela forma como se estrutura o nosso mundo. A percepção é a organização e interpretação dos estímulos e das informações coletadas pelos sentidos. A percepção não é apenas um registro passivo de estímulos internos e externos. É um processo de construção extremamente ativo [Roth, 1992]. Experiências, expectativas, emoções e estados físicos também participam desse processo, que agem em conjunto com os órgãos dos sentidos, pois é por meio da percepção que se formam os nossos conceitos e interpretações da realidade conhecida. O cérebro é um sistema que só entende a própria linguagem e só funciona com base nas suas próprias experiências. Nesta atribuição, o cérebro opera com base na experiência de vida do indivíduo. O que está na base do pensamento criativo e da formação de ideias é o que podemos perceber de uma maneira diferente, diferente na multiplicidade de perspectivas e na combinação de contextos sociais, culturais ou ambientais.

O pensamento criativo também é um pensamento divergente. É caracterizado por ser flexível porque é usado para produzir várias soluções válidas para um problema. Também é motivador porque estimula imediatamente uma diversidade de ideias, imagens, sentimentos e reações. Ao contrário, o pensamento convergente é caracterizado pela aplicação racional de regras lógicas e normas aprendidas, geralmente levando a soluções convencionais. Ambos são necessários durante o processo criativo, a fim de gerar uma grande quantidade de ideias e, posteriormente, selecioná-las.

Na verdade, pode-se até tornar mais produtivo, imaginativo e estimulante por meio de diversas técnicas e atividades que incentivam e ajudam a procurar alternativas no momento de gerar ideias. Portanto, o pensamento criativo deve ser:

Essas formas de pensar: a percepção de elementos curiosos, análise e síntese sistemática, associações, combinações inusitadas e a transposição de analogias potencializam e aumentam a probabilidade de encontrar novas ideias durante o processo de resolução de problemas.

Existem outros procedimentos mentais, cuja aplicação é necessária sempre que o designer cria algo novo, como análise, pensamento sintético, intuição, pensamento hipotético e pensamento analógico.

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